Quando quero contar sobre mim, são livros o que conto!

O “Céu de Luz Marina” do autor Ádlei Carvalho

Numa sentada ininterrupta (e avidamente) tomei a leitura do romance “Céu de Luz Marina”, novo romance de Ádlei Carvalho, a quem conheci há alguns anos graças à esposa Lílian, que um dia se deparou com o meu livro “Jardim de Corpos” na biblioteca do UNI-BH, na capital mineira, e resolveu comentar com o marido, que procurou fazer contato comigo – e assim nasceu uma sincera amizade.De lá pra cá, eu já tive a honra de prefaciar o seu excelente romance “Triângulo Vermelho”, e ele me contemplou com a lavra de magnífico posfácio, para o meu livro “Menos Olhos, Menos Chuva & Grãos de Loucura”. Para mim que estou na estrada poético-literária desde 1977 (quando publiquei o primeiro livro), encontrar autor do potencial do Ádlei Carvalho

Leia Mais »

“A vida não se resume em festivais”

O que me importa nesta vida é a longevidade dos sentimentos. Minha poesia tem o máximo gosto feliz (que se pode ter) sob a certeza lancinante da morte. Tais pensamentos vieram-me à mente ao ler o livro “Geraldo Vandré – A vida não se resume em festivais”, de Dalva Silveira, que num misto de ciências sociais, história e música popular brasileira, discorre sobre a carreira artística do compositor da música “Caminhando”: Vem, vamos embora, que esperar não é saber/ Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. A obra de Dalva Silveira me veio às mãos por intermédio do psicólogo Robson Gurgel e sua esposa Penha. Como estava com um punhado de livro para ler e envolvido com a reforma da plataforma de meu site,

Leia Mais »

A “sucupiralização do Brasil“

O Brasil segue o seu calvário social doentio e enfermo, sob os males do fascismo resistente, que se especializou na naturalização da desigualdade, dos preconceitos e uma inconcebível visão racista da convivência em sociedade. O tempo da democratização de acesso a ensino de qualidade permanece como providência apregoada e jamais materializada. Enquanto as transformações sociais são adiadas, gama imensa de brasileiros se nos apresenta como massa de manobra de políticos e demais forças de poder, depreciando as relações do trabalho com o capital e, dessa forma, gerando uma espécie de escravidão legalizada, por intermédio da qual o operário leva uma vida de necessidades apesar de todo o suor derramado no campo e nas indústrias de transformação. O entrelaçamento de religiões e ações políticas vem empobrecendo

Leia Mais »

Deve exsistir um anjo protetor dos livros

Minhas células estão inseparavelmente grudadas à celulose das páginas de meus livros e, também, nos artigos e editoriais que publiquei em conceituados jornais. Costumo afirmar que o chão do meu minifúndio literário foi conquistado sob o fogo cruzado, em verso e prosa, na batalha diária contra a ignorância. O descaso dos governantes em relação à cultura e à educação sempre existiu, umas vezes mais, outras vezes menos, mas a presença do desleixo é constante. Advêm dessa aversão ao segmento cultural, as constantes ameaças de o poder político cair nas mãos dos Hitler, dos Mussolini e dos Bolsonaro mundo afora; figuras radicais e com visão social deturpada, que se aproveitam exatamente do vácuo criado pela falta de boa escolaridade, leitura e acesso a um leque de

Leia Mais »

Deve exsistir um anjo protetor dos livros

Minhas células estão inseparavelmente grudadas à celulose das páginas de meus livros e, também, nos artigos e editoriais que publiquei em conceituados jornais. Costumo afirmar que o chão do meu minifúndio literário foi conquistado sob o fogo cruzado, em verso e prosa, na batalha diária contra a ignorância. O descaso dos governantes em relação à cultura e à educação sempre existiu, umas vezes mais, outras vezes menos, mas a presença do desleixo é constante. Advêm dessa aversão ao segmento cultural, as constantes ameaças de o poder político cair nas mãos dos Hitler, dos Mussolini e dos Bolsonaro mundo afora; figuras radicais e com visão social deturpada, que se aproveitam exatamente do vácuo criado pela falta de boa escolaridade, leitura e acesso a um leque de

Leia Mais »

Em busca de permissão de pouso no coração do leitor

   (*) Carlos Lúcio Gontijo        Não vou ser escritor maior ou menor se continuar publicando mais livros até o fim de minha caminhada terrestre, pois jamais passarei de escriba menor, um lobo solitário enveredado em meio ao cipoal do tortuoso mundo das letras. Acredito já ter conquistado um bom tamanho: 26 títulos (duas segundas edições), uma Coletânea composta pelos cinco primeiros livros e, ainda, os artigos (mais de 600) publicados em jornais, além dos editoriais (cerca de 1.300). Enfim, uma vida dedicada ao exercício da arte da palavra escrita.        Comecei a juntar material para edição de livro desde os 14 anos, mas só consegui lançar o primeiro título aos 25, e prometi à minha saudosa mãe Betty um dia escrever obra lastreada na

Leia Mais »

Drama dos ianomâmis envergonha o Brasil

                                         (*) Carlos Lúcio Gontijo          Quando um governo opta por praticamente extinguir as políticas públicas destinadas à população mais pobre e desfavorecida de um país tão socialmente desigual como o Brasil, estendendo suas ações maléficas às entidades e instituições de regulação das relações trabalhistas, articulando para a diminuição da massa salarial e agindo pela precarização do pagamento de aposentadorias e pensões, além de encaminhar o fim do Sistema Único de Saúde (SUS), por intermédio de frequentes cortes de recursos, como se a população tivesse meios financeiros para arcar com a assistência médica privada, o que assistimos como resultado imediato é a um punhado de gente na fila do osso nos açougues ou recolhendo restos de comida no lixo exposto próximo aos supermercados e,

Leia Mais »

No palco de 1977, lancei meus primeiros livros

                           (*) Carlos Lúcio Gontijo          Quando, no ano de 1977, lancei meus dois primeiros livros eu não dispunha de condições ideais para a façanha, mas ousei dar vazão ao meu idealismo, uma vez que desde os 14 anos juntava material sob o objetivo de editar um livro. À época, não tinha emprego e não conhecia sequer ilustrador para produzir uma capa. Então, mesmo sem possuir capacidade para tanto, elaborei naquele ano duas capas e publiquei dois livros: “Ventre do mundo” e “Leite e lua”. “Quem sabe, faz a hora”, ensina a canção.        O ano de 1977 foi marcado por incertezas políticas, tentativas de golpes militares e fechamento do Congresso, seguindo o pensamento de Ernesto Geisel, que dizia estar governando dentro de uma

Leia Mais »

Livros como antítodo a um governo desalmado

                                                                Carlos Lúcio Gontijo        Assistir ao meu País em convulsão política, penando entre uma elite entreguista, uma classe média colonialista sem noção de luta de classe e um contingente de pobres acorrentados às migalhas que lhe são atiradas pelos senhores de terras e engenhos, era panorama impensável a ornamentar de desesperança o meu horizonte de senhor de 70 anos, em pleno século XXI.     Quanta gente estudada (como costumava dizer minha mãe) se nos revelou pessoa direitista, desprezando todo conhecimento acadêmico e toda ciência e mergulhando na baixa mentalidade, contra a qual o grau de escolaridade não serve como antídoto, pois é lá – em suas águas turvas – que a pessoa mediocrizada tenta encontrar solução para os problemas sociais que nos afligem, guiada

Leia Mais »

Como se fôssemos recheios de pizza!

                                                     Carlos Lúcio Gontijo           É dever do Estado a alavancagem de políticas públicas que visem combater a existência de camadas da população vivendo sob o signo da pobreza absoluta e assim, na falta de perspectivas e apoio, perpetuando a formação de cidadãos multiplicadores do quadro de miséria material, do qual advém baixa escolaridade e sofrível capacidade intelectual, impossibilitando às pessoas em tais condições o necessário acesso a bons empregos e meios capazes de as conduzirem a uma vida digna.        Num país como o Brasil, no qual os bolsões de pobreza se estendem por seu território, a informação de que o derrotado governo Bolsonaro não deixou orçamento para a manutenção de programas como o Farmácia Popular, a Merenda Escolar e o auxílio de

Leia Mais »

Até o apagar do meu candeeiro espiritual

                                              Carlos Lúcio Gontijo                     Continuo sem dinheiro no banco, sem os tais amigos “importantes” e voltei, aposentado do INSS, para o interior. Na casa onde moro, em Santo Antônio do Monte, coloquei indicativo poético-literário na entrada e, desde o alpendre, esparramei memória e sinais de meus 26 livros parede afora. Um mar de sensibilidade intelectual distante deste mundo ainda em batalha por ouro e pedras preciosas.           Entre os meses de abril e junho de 2022, acompanhado de minha esposa Nina, realizei bem-sucedido lançamento duplo de livros nas cidades de Santo Antônio do Monte, Belo Horizonte/Contagem, Lagoa da Prata, Festa Literária de Martins Guimarães e Moema. Todavia, nem bem me refazia de dispendiosa e idealista empreitada, movido pelo espontâneo apoio do cartunista Valdeci

Leia Mais »

Tempo de o autor voltar pra casa

Carlos Lúcio Gontijo             Ao lançar dois livros em abril e maio, nas cidades de Santo Antônio do Monte e Belo Horizonte, com a presença de grande público, propus a mim mesmo o fim da produção de livros no papel, ocupando-me apenas da administração de meu site, no qual se encontram postados todos os meus livros – o espaço cultural está em funcionamento desde 5 de junho de 2005 e passará por repaginação, a fim de alcançar maior eficiência técnica.           Iniciei a atividade de escriba menor em 1977, quando publiquei o primeiro livro. Confesso que me sentia (e me sinto) até mesmo aliviado em chegar ao 25º título, com duas segundas edições e uma Coletânea composta pelos cinco primeiros livros. Todavia encontrei casualmente

Leia Mais »

Para quem escreve o escritor num país como o Brasil?

                                                 Carlos Lúcio Gontijo            Nunca foi tarefa fácil exercer carreira de poeta e escritor no Brasil, exponencialmente nos dias de hoje, quando assistimos à ignorância ser elevada ao grau de predicado digno de ser ostentado com orgulho e altivez.           A nação brasileira se encontra mergulhada no pior tipo de ditadura que se pode imaginar, pois foi legitimada pelo voto democrático. Ou seja, foi ungida pelas urnas, dentro de uma democracia letárgica, que não soube reagir diante do avanço de ideias autoritárias, defendendo o retorno de atrocidades como a tortura – evocada até por parlamentares dentro do próprio Congresso, sem qualquer tomada de efetiva providência.           A síndrome do Covid-19, que assolou o Brasil no ano de 2020, encontrou nicho bastante favorável à sua

Leia Mais »

Os partidos políticos estilhaçam o Brasil

                Carlos Lúcio Gontijo        A classe política e instituições públicas de relevo se uniram ao redor dos cofres da república e, ao passo que travam luta por posicionamentos regados a fanatismo e interesses escusos, mantêm-se coesas quando o assunto é solapar os parcos recursos brasileiros.        Fundo eleitoral e dinheiro destinado a emendas parlamentares são instrumentos inaceitáveis em tempo de pandemia, crise econômica, desemprego e empobrecimento da população, que segue perdendo qualidade de vida e direitos, para que uns poucos possam viver nababescamente.        Negacionistas, fundamentalistas religiosos e espertalhões de toda a espécie – que vivem da capacidade que têm no que diz respeito a ludibriar os incautos e os cidadãos das classes mais pobres material e intelectualmente, pois intencionalmente mantidos bem longe do

Leia Mais »

Ao sabor das marés da existência

                                    Carlos Lúcio Gontijo         O tempo da maturidade não nos vem como atributo anexo ao registro do passar dos anos e da idade. Ou seja, sem vivência, sinceridade e aprendizado, corremos o risco de ter cabelos brancos e nos comportar sob os mesmos parâmetros da inexperiência de vida da época de juventude. O avanço da comunicação informatizada e instantânea nos põe diante de colossal feixe de escolhas, que é determinante para a nosso sucesso ou insucesso; felicidade ou infelicidade.        Há uma exigência a nos conduzir ao rápido discernimento sobre onde tomar assento demoradamente e, também, em que lugares não alongarmos conversa e sequer guardar o endereço, uma vez que estamos neste plano terrestre em busca de acrescentar pontos e graus de luz ao

Leia Mais »

Toda alma grita por arte

                                               Carlos Lúcio Gontijo           A campainha da minha casa voltou a ser acionada por pedintes, sinalizando que a fome está de volta à mesa dos brasileiros. Da minha janela vejo as pessoas passarem com seus semblantes entristecidos e portando sacolas de compras cada vez mais vazias. O cheiro de churrasco que impregnava o ar nos finais de semana raramente acontece: acabou a festa; é pau, é pedra, é o fim do caminho, como nos diz canção de Tom Jobim.           Preocupado, preparo dois livros para a comemoração dos meus 70 anos, com um quê de coroamento de minha carreira de autor independente iniciada em 1977. O ambiente cultural não está pra livros, pois a fogueira da ignorância arde por todos os cantos numa insistência

Leia Mais »

Osvaldo Veneroso, um grande amigo que sobe aos céus!

        (*) Carlos Lúcio Gontijo           Construí minha vida em torno da poesia e da literatura. Meu acervo de amigos neste mundo gira em torno do exercício da arte da palavra escrita. Os amigos de infância que moram no meu peito são exatamente os que me estenderam a mão com o prestígio de sua presença nos lançamentos de meus livros (que em breve serão 25 títulos), ajudando-me a carregar o quebradiço, abandonado e desvalorizado andor da cultura brasileira.          Em meu álbum fotográfico de registro do lançamento da obra BODAS DE BULE – CAFÉ SEM PÓ em Belo Horizonte (4 de maio de 2019), quando Nina e eu comemoramos 40 anos de casamento, na terra em que alicerçamos nossas vidas, constatamos explicitamente o carinho derramado

Leia Mais »

Nova e perigosa variante de pessoas

(*) Carlos Lúcio Gontijo             Muitas vezes penso que a literatura e a poesia vieram ao meu encontro num riso descontraído e sem motivo em meu tempo de infância, quando tudo era felicidade liberada sem qualquer preocupação com o caminhar incerto da existência humana.           A poesia e a literatura permanecem em mim desde aquele dia de riso solto como se não incomodassem nem se dessem conta dos meus cabelos brancos e os remédios nas gavetas do criado-mudo, pondo-se a correr no avarandado de minha mente como se eu ainda tivesse pernas para persegui-las em sua ligeireza de horizontes.           Todavia, cansado, coloco meus óculos, pego caneta, papel e fico à espera que elas percam o fôlego e venham ao colo do meu cérebro,

Leia Mais »

“Juarez do Dino” e o transformador cultural

 (*) Carlos Lúcio Gontijo             No dia 21 de maio de 2021, faleceu o Dr. Juarez Luiz da Silva, advogado e filho do saudoso Dino Luiz, prefeito de Santo Antônio do Monte, do qual guardo lembrança indelével desde criança, pelo fato de tê-lo visto, quando em viagem à cidade de Moema com o meu pai José Carlos, esquentando comida num improvisado fogãozinho a lenha, para ele e dois funcionários da Prefeitura, que faziam mata-burro numa estradinha vicinal de terra.           Pois bem, o Juarez do Dino (como era popularmente conhecido) saiu ao pai. Ou seja, era um cidadão guiado pela honestidade, pela camaradagem, pela humildade e tratamento ameno junto às pessoas, sempre recebidas por ele com fidalguia e camaradagem em sua imobiliária e, ao

Leia Mais »

O poema que anda

Carlos Lúcio Gontijo (*)             A cultura perde cada vez mais espaço nos meios de comunicação, que há décadas se esmeram na propagação de produtos desprovidos de valor cultural e, portanto, incapazes de dar qualquer contribuição à construção de uma sociedade melhor. Ao passo que assistimos ao menosprezo pela cultura, pela educação e pelo conhecimento, com desabrido corte de verbas em tais áreas, detectamos uma insólita e surpreendente entronização da ignorância – tratada explicitamente como louvável predicado. Em um primeiro momento, pode parecer aos desavisados que o problema diz respeito apenas a autores, atrizes, atores, músicos, cantores, pintores, artesãos, professores etc., mas na realidade, quando os segmentos intelectuais e artísticos são desconsiderados, a sociedade perde importante fator de sensibilização dos cidadãos, abrindo espaço para o

Leia Mais »

A caminho do meu último romance

          Carlos Lúcio Gontijo (*)                                Durante a nossa existência terrestre, vamos abandonando hábitos e gostos, como que a aliviar a bagagem e, ao final, ficar apenas com o indispensável. Na adolescência eu me punha a pensar de como poderia viver, se acaso tivesse que abandonar o futebol. Pois bem, assim que meu corpo parou de obedecer à agilidade do meu raciocínio, eu deixei os campos e as quadras, guardando na memória um monte de belas jogadas.             Na vida profissional de jornalista, escrevi por muitos anos artigos semanais no “Diário de Minas” e no DIÁRIO DA TARDE, impondo-me uma tarefa da qual imaginei jamais me afastar. Porém, um ano antes de me aposentar já me impus o fim do costume, escrevendo apenas

Leia Mais »

Trinta anos sem mãe Betty

                                    Carlos Lúcio Gontijo                                                    Ainda sigo pelo caminho emocional que minha mãe me traçou na infância. No álbum de família acostumei-me com sua imagem, amistosamente, em meio a índios numa fazenda chamada Santo Antônio, lá pelas bandas do pantanal mato-grossense onde nasceu e que ela derramava em seus olhos perdidos em barrancos e alagados, carregando mistérios de curva de rio.        Minha mãe tinha um salão de beleza. Naquele tempo a tinta era preparada através de mistura de substâncias, e minha mãe era perita nessa arte, além de fazer permanentes e penteados com belas “armações” à custa de muito engenho e laquê.         Democrática e despida de preconceitos e intolerâncias, minha mãe Betty Rodrigues Gontijo atendia a todos, incluindo o hoje chamado terceiro

Leia Mais »

Belo momento cultural fechou o FLISAMONTE/2019

Carlos Lúcio Gontijo          Nos dias 06 e 07 de junho de 2019, Santo Antônio do Monte realizou o seu Festival de Literatura, com enfoque sobre a nossa obra “poético-literária” constituída por 22 livros e duas segundas edições. A ousada ideia de homenagear autor da terra partiu da Secretaria de Cultura, através da secretária Margarete Resende e sua equipe (Marisa Campos, Vilma Antônia da Silva e Fernando Gonçalves), que contou com o indispensável apoio da Secretaria de Educação, na pessoa da secretária Márcia Bernardes, mobilizando toda a rede escolar do município, inclusive as escolas rurais, que mergulhou com afinco e extremo interesse educacional em nossos cinco livros infantis.        A abertura foi realizada dia 06 de junho, pela manhã, no salão da indelével e

Leia Mais »

FLISAMONTE/2019, um marco em minha vida

Carlos Lúcio Gontijo        Nina e eu costumamos dizer que administramos uma organização cultural não-governamental composta por um site “poético-literário” em livre e total acesso aos casuais leitores visitantes à nossa obra, viagens a muitas cidades levando, gratuitamente, livros a escolas públicas de ensino fundamental, publicação de novos títulos (ainda agora, estamos com dois livros nas mãos do ilustrador e cartunista Júlio César Campos). Podemos afirmar, com toda a certeza, que quem nunca colocou livro na mão de criança de periferia, não sabe nada de caridade.        Confessamo-nos felizes e ao mesmo tempo surpresos com a escolha de nossa obra (22 livros, duas segundas edições, uma coletânea com os cinco primeiros livros, mais de 600 artigos publicados nos jornais Diário de Minas, Diário da Tarde,

Leia Mais »

Uma vida inteira em 24 horas

       Carlos Lúcio Gontijo        Amanhã, dia 27 de abril, faço 67 anos grafados nas pedras, flores e livros pela vida afora, juntamente com minha esposa Nina, que abraçou esse meu vício de me entregar ao mundo das palavras, com as quais procuro injetar, ainda que minimamente, alguma dose de sensibilidade nas veias da alma humana cada vez mais petrificada pelo materialismo, pelo preconceito, pelo egoísmo e pela ausência da prática do amor ao próximo apregoado por Jesus Cristo.        Das palavras eu sei o som, a leveza, o sabor e o peso de tanto subir e descer caixas de livros pelas escadas dos prédios em que morei, usando como suprimento, para suportar tamanho esforço, as mais elevadas porções de idealismo, que sempre me deram

Leia Mais »

Há muita gente torcendo pela desgraça coletiva

           Carlos Lúcio Gontijo                                                                     Está cada vez mais difícil conviver com essa gente, que durante o dia atira pedras nas prostitutas e à noite vai dormir na zona! Estamos sob o império da hipocrisia, da impostura e da mentira incrementado pela ignorância, que foi elevada ao patamar de predicado e com pleno direito de atingir, menosprezar e perseguir a inteligência, o conhecimento e a ciência.           Na internet a oportunidade de diálogo se transformou em discórdia e discussão carregada de desrespeito e palavrões em substituição à colocação de argumentos. Assistimos a muita gente empenhada na propagação de seus ímpetos apocalípticos como forma de alcançar alívio definitivo para seus males, pelo simples fato de não ter coragem de ir sozinho para a morte. Ou

Leia Mais »

Os professores que marcaram minha vida

      Carlos Lúcio Gontijo                        Os professores que marcaram minha vida foram aqueles que vislumbraram o meu gosto pela escrita e procuraram me apoiar de alguma forma, numa prova concreta de que a escola não pode manter como sua única meta a administração de conteúdo, esquecendo-se do respeito aos dons de seus alunos.        No romance “Jardim de corpos” escrevi que temos o dever de fazer render os talentos e os dons que Deus nos concedeu. Não os podemos deixar ociosos ou desperdiçá-los em vão. Trago em mim um profundo agradecimento aos professores que observaram que a minha timidez e o meu jeito quieto vinham de minha congênita visão de mundo interior.        Habitam em mim a primeira professora Clélia Aparecida Souto, que me

Leia Mais »

Os 94 anos de nosso “paitrocinador”

         Carlos Lúcio Gontijo                A literatura e a poesia são caminhadas duras, exigindo que os autores resgatem de cavernas tailandesas mundo afora centenas de palavras abandonadas pelo desuso ou pelo esquecimento, neste mundo em que o diálogo é cada vez mais curto e predisposto a terminar num palavrão arrasador diante de qualquer discordância entre os interlocutores – principalmente na esfera da comunicação virtual.           Ao longo de nossa jornada no âmbito da cultura da palavra escrita fizemos muitos leitores. São mais de quatro décadas de batalha, 21 obras editadas e, ainda, um livro pronto para o ano que vem, outro para quando fizermos 70 anos e ainda uma obra infantil inédita, pela qual temos um grande carinho, intitulada “Agenda”.           Este ano lançamos “A

Leia Mais »

O abandonado “Mundo submerso” de Bueno de Rivera

   Carlos Lúcio Gontijo                                                                             Atravessamos momento político conturbado, no qual o presente e o sonho de futuro melhor do Brasil se encontram “enjaulados”, ao feitio de meninas e meninos filhos de pais imigrantes ilegais nos Estados Unidos. A gente brasileira não possui representantes congressuais em sua defesa no Congresso, onde as votações se dão ao comando do deus-mercado, onde o que conta é o aprimoramento dos procedimentos capazes de carrear recursos para a meia-dúzia que controla todos os meios produtivos e financeiros do mundo.           Num ambiente assim delineado não há lugar para a boa cultura direcionada à reflexão e, por consequência, à formação de cidadãos preocupados com a realidade adversa em que vivemos, na qual as oportunidades de crescimento coletivo são cada

Leia Mais »

Nossa democracia aparente

Carlos Lúcio Gontijo           A baixa mentalidade é difícil de ser extirpada do contexto social, permanecendo ativa até mesmo em pessoas com extenso acesso à cultura e a níveis razoáveis de escolaridade, pois a mediocridade lhes aflora toda vez em que se veem diante da necessidade de alguma decisão.           Não resta a menor dúvida de que esboroa a olhos vistos o histórico comportamento cordial e cristão dos brasileiros à medida que o confronto entre posicionamentos políticos se estabeleceu com o advento das redes sociais na internet, levando os cidadãos a lutar por seus espaços, ocorrência determinante na quebra da convivência amistosa entre desiguais que se relacionavam sem a necessidade de dar visibilidade ao seu pensamento ideológico como parte integrante de sua identidade.           Observa-se

Leia Mais »